O dólar apresentou queda nesta sexta-feira, 20 de outubro, refletindo as declarações do diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, que defendeu um corte nas taxas de juros para evitar um pouso forçado da economia americana. A moeda americana não conseguiu sustentar os ganhos da véspera, mesmo após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que não permitirá interferências no valor do dólar. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, encerrou o dia com uma baixa de 0,26%, cotado a 98,482 pontos.
Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar era negociado a 148,79 ienes, enquanto o euro se valorizava a US$ 1,1622 e a libra caía para US$ 1,3414. Waller, em entrevista à Bloomberg TV, destacou que a redução das taxas de juros é uma medida necessária para apoiar a atividade econômica interna, especialmente em um cenário onde a fraqueza da demanda pode impactar as margens de lucro das empresas.
Embora o enfraquecimento do dólar tenha beneficiado os lucros das empresas americanas no início do segundo trimestre, dados da Apollo Global indicam que cerca de 41% da receita das empresas do índice S&P 500 provém do exterior, o que torna um dólar mais fraco vantajoso para os relatórios financeiros. A Netflix, por exemplo, mencionou o impacto positivo da variação cambial em seus resultados financeiros.
No entanto, o dólar subiu frente ao peso argentino, sendo negociado a 1.285,74 pesos no mercado oficial e a 1.305 pesos no paralelo, conhecido como blue. O leilão extraordinário do Tesouro argentino, que ofereceu taxas superiores às expectativas, não conseguiu conter a demanda pela moeda americana, segundo informações do Âmbito Financiero.