Nesta segunda-feira (21), o dólar à vista apresentou uma queda de 0,54%, cotado a R$ 5,558, enquanto investidores analisavam as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à rádio CBN. O ministro destacou que o governo brasileiro está preparando planos de contingência em resposta às possíveis tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, enfatizando que o foco não é retaliar, mas sim proteger a economia nacional.
Haddad alertou que algumas medidas podem ser prejudiciais à economia brasileira, afirmando que "tem medida que é inócua, vai ferir mais a economia brasileira [do que ajudar]". A queda do dólar também foi influenciada pela valorização do minério de ferro e pela desvalorização da moeda americana no mercado internacional, além de um alívio nas projeções de inflação, conforme indicado pela pesquisa Focus.
Às 10h11, o dólar futuro para agosto registrava uma leve queda de 0,01%, sendo negociado a R$ 5,592. A mediana das projeções do IPCA para 2026 caiu de 4,50% para 4,45%, ficando abaixo do teto da meta pela primeira vez desde março, refletindo uma expectativa de desaceleração econômica e possíveis efeitos desinflacionários das tarifas dos EUA.
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, comentou sobre o andamento das negociações comerciais, afirmando que a qualidade dos acordos é prioritária e que não há pressa para finalizá-los. Enquanto isso, empresas como a Verizon e a Stellantis enfrentam resultados financeiros impactados pelas tarifas, com a primeira reportando um lucro de US$ 5,1 bilhões e a segunda registrando um prejuízo de 2,3 bilhões de euros no primeiro semestre de 2025.