O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) protocolou um pedido em um tribunal federal na sexta-feira, 18 de julho de 2025, para a liberação de transcrições de depoimentos do grande júri relacionados ao financista Jeffrey Epstein, que faleceu na prisão em 2019. A solicitação destaca o "extenso interesse público" em torno do caso de tráfico sexual que envolve Epstein e sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell, condenada em 2021.
O pedido foi assinado pela chefe do DOJ, Pam Bondi, e seu vice, Todd Blanche, marcando uma mudança na abordagem do governo do presidente Donald Trump, que anteriormente adotava uma postura defensiva em relação ao caso. A iniciativa ocorreu após a revelação pelo jornal The Wall Street Journal de que Trump teria contribuído com um desenho para o álbum de aniversário de Epstein em 2003, o que gerou novas controvérsias.
Trump, na mesma data, ordenou que Bondi buscasse a liberação de "todos os pertinentes" depoimentos do grande júri, embora tenha negado a autenticidade do documento publicado pelo jornal, classificando-o como "falso". A liberação das transcrições está sujeita à aprovação judicial, um processo que pode levar semanas ou meses, devido às regras de sigilo que visam proteger as vítimas.
Além disso, Bondi mencionou que o arquivo enviado para análise incluía cerca de 200 páginas de documentos, principalmente registros de voos e listas de contatos de Epstein. O DOJ também está apresentando uma petição semelhante no Sul da Flórida, onde Epstein havia sido investigado anteriormente. O ex-agente do FBI, Christopher O’Leary, observou que as transcrições do grande júri representam apenas uma pequena parte dos arquivos investigativos relacionados ao caso, que continua a suscitar grande interesse público.