Dois jovens, Gilson Jardas de Jesus Santos, de 18 anos, e Luan Henrique, de 20, foram mortos em uma ação policial em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, na terça-feira (8). A Polícia Militar da Bahia afirma que os jovens foram alvejados durante uma troca de tiros, mas familiares contestam essa versão, alegando que os jovens foram abordados e levados para dentro de casa antes de serem baleados.
O comandante-geral da PM, Antônio Carlos Silva Magalhães, expressou solidariedade às famílias e afirmou que medidas investigativas já foram iniciadas. "Se houve erro, nossos policiais vão pagar pelos seus erros", disse Magalhães, destacando a importância de uma investigação justa e transparente. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público e pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, também se manifestou sobre o incidente, solicitando agilidade nas investigações. A Polícia Civil registrou o caso como "morte por intervenção de agente do estado" e os policiais envolvidos foram afastados de suas funções. Vídeos gravados por testemunhas mostram o desespero da mãe de um dos jovens ao contestar a versão policial, enquanto a PM informou que armas foram apreendidas no local.
Os corpos dos jovens foram sepultados na quarta-feira (9), em um clima de luto e indignação entre os familiares, que negaram a posse das armas apresentadas pela polícia. A situação continua a gerar repercussão e questionamentos sobre a atuação da polícia na região.