A doença de Parkinson, uma condição neurológica progressiva, pode afetar mais de 1 milhão de brasileiros até 2060, segundo estimativas. A condição, que se manifesta principalmente em pessoas acima de 60 anos, é a segunda mais comum entre as doenças neurodegenerativas, perdendo apenas para o Alzheimer. Atualmente, cerca de 200 mil pessoas no Brasil vivem com o diagnóstico.
Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense publicaram um estudo que investiga a relação entre a respiração e a função autonômica em pacientes com Parkinson. O artigo, publicado no periódico Autonomic Neuroscience: Basic and Clinical, revela que um treinamento respiratório realizado em casa pode melhorar a função cardíaca autonômica desses pacientes, uma descoberta que pode ter implicações significativas para o manejo da doença.
O estudo envolveu oito pacientes com Parkinson e oito voluntários saudáveis, que participaram de um programa de treinamento muscular inspiratório por cinco semanas. Os resultados mostraram melhorias tanto na força dos músculos respiratórios quanto na variabilidade da frequência cardíaca, indicando um potencial aumento na saúde do sistema nervoso autônomo. Essa abordagem não farmacológica pode oferecer novas perspectivas para o tratamento da doença, especialmente em situações que exigem mudanças posturais, onde os pacientes frequentemente enfrentam desafios como tonturas e quedas.