A doação de sangue em cães e gatos é uma prática ainda pouco conhecida no Piauí, mas essencial para salvar vidas de animais em situações críticas. A veterinária Brenda Lurian destaca a necessidade de conscientização entre tutores e a importância de manter estoques de sangue, uma vez que o estado não possui um banco de sangue para animais. Em casos de emergência, como doenças crônicas ou acidentes, a falta de doadores pode ser fatal para muitos pets.
Um exemplo comovente é a história do cachorro maltês Pipoca, que, após ser diagnosticado com erliquiose, precisou de uma transfusão de sangue para se recuperar. Sua tutora, Carla Souza, relatou que, após diagnósticos iniciais incorretos, a veterinária identificou a necessidade urgente de uma doação. Graças ao husky siberiano Noah, que doou 30 ml de sangue, Pipoca conseguiu se recuperar e hoje vive saudável.
Brenda Lurian também mencionou que muitos tutores ainda têm resistência em cadastrar seus animais como doadores, devido a mitos e desinformação sobre o processo. Ela ressaltou que, seguindo os critérios adequados, a doação é segura e pode fazer a diferença na vida de muitos animais. Para se tornar um doador, o animal deve ter entre um e oito anos, pesar mais de 25 quilos e ter um temperamento dócil, além de não apresentar doenças.
A conscientização sobre a doação de sangue para pets é crucial, pois muitos tutores desconhecem a possibilidade de ajudar outros animais necessitados. A veterinária faz um apelo para que mais tutores considerem a doação, contribuindo para a saúde e bem-estar dos animais no estado.