Gravações divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, na noite de domingo, 13, expõem uma profunda divisão interna no Primeiro Comando da Capital (PCC), com acusações de traição direcionadas a Marcos William Camacho, conhecido como Marcola. Os áudios, que incluem depoimentos de membros da facção, revelam um racha entre Marcola e outros líderes, como Abel Pacheco, o Vida Loka, e Roberto Soriano, apelidado de Tiriça.
Durante a reportagem, trechos de um áudio atribuído a Marcola foram apresentados, onde ele discute sua postura em relação ao assassinato de agentes penitenciários, afirmando não querer seguir o exemplo de Soriano, condenado a 44 anos de prisão por ser mandante do homicídio de um agente em 2016. O áudio foi utilizado no julgamento de Soriano, que ocorreu em junho de 2025, e Marcola se defendeu de acusações, alegando que suas palavras foram mal interpretadas.
As tensões entre os líderes do PCC ficaram evidentes quando Vida Loka e Tiriça criticaram Marcola durante o julgamento, chamando-o de covarde e traidor. Vida Loka declarou que Marcola foi excluído do mundo do crime, enquanto Tiriça reforçou as críticas, questionando a credibilidade do líder da facção. A situação gerou repercussão negativa, com Vida Loka afirmando que Marcola não deveria ter a audácia de se considerar próximo de diretores de presídios, ressaltando a separação entre criminosos e autoridades.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo foi contatada para comentar as declarações apresentadas no programa, mas não respondeu até a publicação desta matéria.