A dívida pública federal do Brasil registrou um aumento de 2,77% em junho, alcançando R$ 7,883 trilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira. Este crescimento é atribuído principalmente a uma emissão líquida de R$ 154,6 bilhões e à incorporação de juros no valor de R$ 65,1 bilhões durante o mês.
No detalhamento, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) subiu para R$ 7,581 trilhões, representando um crescimento de 2,99%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) caiu para R$ 302,1 bilhões, uma redução de 2,28%. O Tesouro Nacional também observou que, apesar do aumento do apetite por risco entre investidores devido a um acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China, as tensões no Oriente Médio geraram volatilidade no mercado.
O custo médio do estoque da dívida pública federal, acumulado em 12 meses, apresentou uma diminuição, passando de 11,73% ao ano em maio para 11,41% em junho. Em contrapartida, o custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna aumentou de 13,38% para 13,52% ao ano. O prazo médio do estoque da dívida também sofreu uma leve redução, de 4,20 anos para 4,14 anos.
Além disso, a reserva de liquidez do Tesouro subiu de R$ 861 bilhões em maio para R$ 1,030 trilhão em junho, o que é suficiente para cobrir 8,44 meses de vencimentos de títulos, uma leve queda em relação aos 8,77 meses registrados no mês anterior. Para julho, o Tesouro destacou que a resiliência econômica dos EUA continua a influenciar o apetite por risco, mesmo diante de incertezas provocadas por novas tarifas comerciais.