A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de R$ 7,8 trilhões, alcançando R$ 7,883 trilhões em junho de 2023, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Tesouro Nacional. O aumento de 2,77% em relação aos R$ 7,67 trilhões registrados em maio é atribuído aos juros elevados e ao baixo volume de vencimentos de títulos no período.
O crescimento da DPF ocorre em um cenário em que, apesar da alta, o montante ainda está abaixo das previsões do Plano Anual de Financiamento (PAF), que estima que a dívida deve encerrar 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) também apresentou crescimento, subindo de R$ 7,361 trilhões em maio para R$ 7,581 trilhões em junho, impulsionada pela emissão de R$ 154,62 bilhões em títulos.
Além disso, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou uma queda de 2,28%, passando de R$ 309,17 bilhões para R$ 302,12 bilhões, influenciada pela desvalorização do dólar. O colchão da dívida pública, que serve como reserva financeira, aumentou de R$ 861 bilhões para R$ 1,03 trilhão, o maior nível desde julho de 2024, cobrindo 8,44 meses de vencimentos da dívida pública.
A composição da DPF se manteve estável, com uma leve queda na participação de títulos corrigidos por índices de preços e um aumento na fatia de papéis prefixados. O prazo médio da DPF também apresentou uma leve redução, passando de 4,20 para 4,14 anos, refletindo a confiança dos investidores na capacidade de refinanciamento do governo.