A partir de agosto, o Distrito Federal iniciará a liberação de mosquitos Aedes aegypti inoculados com a bactéria Wolbachia, conhecidos como Wolbito, como parte de uma estratégia para combater a transmissão de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya. A iniciativa, que se estenderá até janeiro de 2026, visa substituir a população local de mosquitos por gerações que não transmitem essas doenças, conforme informou a Secretaria de Saúde do DF.
As áreas selecionadas para a liberação dos insetos incluem Brazlândia, Sobradinho II, São Sebastião, Fercal, Estrutural, Varjão, Arapoanga, Paranoá, Planaltina e Itapoã. Essas regiões foram escolhidas devido à sua histórica vulnerabilidade a surtos de dengue, segundo a Secretaria de Saúde. A estratégia, que utiliza a tecnologia desenvolvida nos anos 80, já foi implementada em 11 municípios brasileiros e demonstrou resultados positivos em estudos realizados em outros países.
A bactéria Wolbachia, que está presente naturalmente em mais de 50% dos insetos na natureza, não representa risco à saúde humana. A expectativa é que a liberação dos mosquitos contribua significativamente para a redução dos casos de dengue, como demonstrado em estudos que apontaram reduções de até 77% na Indonésia e 70% em Niterói, no Brasil. A Secretaria de Saúde do DF acredita que a adoção dessa tecnologia poderá ser um passo importante no controle das arboviroses na região.