Uma reunião familiar convocada por Carmo Oliveira, uma aposentada, para discutir a herança de sua tia falecida sem herdeiros, resultou em intensas disputas entre ela, sua irmã e quatro primas. O encontro ocorreu após a contratação de uma advogada, que explicou a divisão do patrimônio, composto por imóveis e bens pessoais, designando Carmo como inventariante. Embora a reunião tenha começado de forma tranquila, a discussão sobre a partilha de itens como móveis, eletrodomésticos e joias rapidamente se tornou acalorada, levando a um processo de negociação que se estendeu por quase dois meses.
As primas realizaram diversas visitas ao imóvel da tia para avaliar e decidir o que cada uma desejava ficar, o que gerou lembranças emocionais e tensões familiares. No final, após intensas negociações, cada uma conseguiu escolher itens que tinham valor sentimental, como um jogo de talheres de prata e uma caixinha de música, que foi para a prima mais nova.
Especialistas em Direito de Família alertam que a falta de planejamento sucessório pode levar a conflitos prolongados entre herdeiros. Segundo a advogada Laísa Santos, itens pessoais, mesmo sem valor de mercado evidente, integram o espólio e devem ser partilhados conforme a legislação. A ausência de um testamento claro pode resultar em disputas acirradas, como evidenciado por casos famosos que envolvem obras de arte valiosas. A situação das primas ilustra a importância de um planejamento adequado para evitar desavenças em momentos delicados como a perda de um ente querido.