A escolha de novos ministros para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) enfrenta entraves políticos, segundo informações do Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa decidir a quem acenar entre os padrinhos dos candidatos, o que tem atrasado o processo. No caso do TSE, Lula recebeu as listas tríplices no final de maio, enquanto a lista para o STJ aguarda análise desde outubro de 2024.
Para o TSE, uma das vagas é disputada por homens e a outra por mulheres. Floriano Marques Neto, atual ministro do tribunal, é o principal nome na primeira lista, contando com o apoio do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na segunda lista, as advogadas Vera Lúcia Araújo e Estela Aranha disputam acirradamente o cargo, ambas com forte apoio de figuras próximas a Lula, como o ministro da Justiça e a primeira-dama.
A situação para o STJ é mais complexa, com Lula considerando a nomeação da procuradora Maria Marluce, de Alagoas. No entanto, essa indicação está condicionada à saída de seu sobrinho, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, do PL, partido de Jair Bolsonaro, para ingressar na base aliada de Lula. As negociações envolvem diálogo com políticos locais, como o deputado Arthur Lira e o senador Renan Calheiros, visando uma estratégia para as eleições de 2026.
Diante desse cenário político intrincado, ainda não há uma previsão clara sobre quando o presidente Lula anunciará as novas nomeações para o Judiciário.