A Justiça concedeu ao cantor Murilo Huff a guarda unilateral de seu filho com a falecida Marília Mendonça, decisão que gerou uma reação imediata da avó da criança, Ruth Moreira. Insatisfeita com a liminar, Ruth decidiu recorrer e, através de seu advogado, solicitou o bloqueio das contas que contêm recursos da herança da artista, que continua a gerar receitas mesmo após sua morte em 2021.
Quase quatro anos após a tragédia, a disputa pela guarda do menino de quatro anos não apenas destaca questões familiares, mas também levanta debates sobre a administração de um patrimônio milionário. Especialistas em Direito de Família e Sucessões explicam que o bloqueio de contas é uma prática comum em casos desse tipo, visando preservar o patrimônio até que o inventário seja concluído e evitando movimentações indevidas.
Marina Dinamarco, advogada especializada, ressalta que a gestão dos bens do menor, sob a guarda de Huff, não é irrestrita e requer autorização judicial para transações significativas. Além disso, a legislação prevê a possibilidade de nomeação de um tutor independente caso haja indícios de má gestão ou disputas acirradas. O caso também serve como um alerta sobre a importância do planejamento sucessório, especialmente para famílias com patrimônios expressivos e filhos menores.
Os direitos autorais de Marília Mendonça, que permanecem válidos por 70 anos após sua morte, garantem uma fonte de renda robusta e duradoura para seu único herdeiro. Especialistas recomendam que, em vida, os pais estabeleçam um testamento claro para evitar conflitos futuros e assegurar a administração adequada dos bens dos filhos.