O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, defendeu a atuação da corporação em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (9). Convocado pelo presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), Rodrigues refutou acusações de que a PF estaria sendo utilizada para silenciar opositores e proteger membros do governo. A audiência abordou investigações em andamento, incluindo fraudes de sindicatos contra aposentados no INSS e um incidente envolvendo uma manifestante que chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 'ladrão'.
Durante a sessão, Bilynskyj questionou a legitimidade da investigação contra a manifestante, afirmando que a ação da PF representava uma tentativa de reprimir a liberdade de expressão. Em resposta, Rodrigues enfatizou que a prioridade da PF é a segurança das autoridades e que a atuação dos policiais evitou uma possível tragédia. Ele afirmou que a Polícia Federal atua estritamente dentro da legalidade e que não há relação com o governo atual.
Rodrigues também foi questionado sobre uma suposta contradição em suas declarações sobre a investigação do Sindicato Nacional dos Aposentados, que tem como vice-presidente o irmão de Lula, Frei Chico. O diretor esclareceu que nunca afirmou que o sindicato não estava sendo investigado, mas que não houve mandados de busca e apreensão relacionados a ele.
Por fim, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) indagou sobre medidas da PF contra delegados que produzem relatórios com informações falsas. Rodrigues se comprometeu a manter a integridade das investigações e a responsabilizar qualquer membro da corporação que não atue de acordo com os princípios da Polícia Federal.