O boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (17) pela Fundação Oswaldo Cruz, aponta uma redução no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na maior parte do Brasil, embora os índices ainda sejam considerados elevados. O estudo revela que crianças pequenas são as mais afetadas, com o vírus sincicial respiratório (VSR) sendo o principal causador das internações.
Desde o início do ano, o Brasil registrou 7.660 mortes em decorrência da SRAG, com a influenza A sendo a principal responsável por hospitalizações e óbitos entre os idosos. A pesquisadora Tatiana Portella destaca a importância da vacinação contra a gripe para a redução dos casos graves, mesmo com a tendência de diminuição observada em algumas regiões.
Os dados indicam que, apesar da estabilização em alguns locais, a incidência de SRAG continua alta, especialmente em estados da Região Norte e Nordeste. Roraima é o único estado onde os casos em crianças pequenas estão aumentando, enquanto a Paraíba e Alagoas também apresentam sinais de crescimento entre os idosos e crianças, respectivamente.
A análise revela que, embora todas as 27 unidades da federação tenham mostrado tendência de queda ou estabilidade nos casos de SRAG nas últimas seis semanas, a maioria ainda se encontra em níveis de alerta ou alto risco, especialmente em estados como Acre, Amazonas, Alagoas e Minas Gerais. A situação requer atenção contínua das autoridades de saúde para conter a propagação da doença.