Entre julho e agosto de 2025, a Terra deve vivenciar dias mais curtos devido a uma aceleração temporária em sua rotação. O fenômeno é esperado para os dias 9 e 22 de julho, além de 5 de agosto, conforme medições do parâmetro conhecido como duração do dia, que avalia variações no tempo que o planeta leva para completar uma rotação.
Desde 2020, cientistas têm registrado dias anormalmente curtos, com o menor valor registrado até agora sendo de -1,66 milissegundo em 5 de julho de 2024. Para os próximos meses, as estimativas indicam que os dias 9, 22 de julho e 5 de agosto terão variações de -1,30, -1,38 e -1,51 milissegundos, respectivamente.
Fernando Roig, pesquisador e diretor substituto do Observatório Nacional, explica que, embora a tendência a longo prazo seja de desaceleração da rotação da Terra, eventos naturais e sazonais podem provocar oscilações temporárias. Fatores como grandes terremotos, deslocamentos de massas de ar e água, e variações no núcleo da Terra são algumas das causas dessas mudanças.
Além disso, o Observatório Nacional ressalta a influência das mudanças climáticas em larga escala, através do fenômeno conhecido como maré atmosférica, que afeta o movimento de rotação do planeta. A posição da Lua também desempenha um papel importante, pois seu deslocamento em relação ao equador terrestre pode acelerar a rotação da Terra.
