Nesta segunda-feira, 7 de outubro, celebra-se o Dia Mundial do Chocolate, uma data criada pela Organização Internacional do Cacau (ICCO) em 2010 para valorizar o cacau como insumo agrícola estratégico. O Brasil, que ocupa a sétima posição no ranking global de produção de cacau, colheu aproximadamente 200 mil toneladas em 2023, com destaque para os estados da Bahia e Pará, além de avanços na produção no Espírito Santo e Rondônia.
A cadeia produtiva do cacau brasileiro é composta por cerca de 93 mil agricultores, predominantemente pequenos produtores, e movimenta anualmente mais de R$ 23 bilhões. Quatro empresas dominam 95% da moagem do cacau no país, transformando as amêndoas em produtos utilizados na indústria de chocolates e outros alimentos. Os preços das amêndoas atingiram recordes em 2024, superando US$ 10 mil por tonelada, o que gerou discussões sobre remuneração justa e contratos de longo prazo no setor.
O cultivo do cacau no Brasil é diversificado, com práticas que vão desde o sistema cabruca, que utiliza vegetação nativa, até sistemas agroflorestais. Essas abordagens são essenciais para a sustentabilidade e recuperação ambiental. Após a colheita, as amêndoas passam por processos de fermentação e secagem, que influenciam diretamente a qualidade do chocolate produzido. O Brasil, portanto, não apenas celebra o chocolate, mas também a complexa e vital cadeia que o sustenta.