O presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO), Waldir Soares, anunciou que não tolerará a paralisação de 48 horas, marcada para os dias 15 e 16 de julho, por médicos e psicólogos credenciados que prestam serviços à autarquia. Em entrevista ao Jornal Opção, Soares afirmou que haverá punições para os profissionais que suspenderam o atendimento, destacando que a medida prejudica os cidadãos que agendaram consultas e incorreram em gastos para utilizar os serviços.
A paralisação foi convocada por associações que representam as duas categorias, reivindicando a correção de uma defasagem salarial que, segundo os profissionais, perdura há nove anos. Atualmente, os médicos recebem R$ 90 por exame, enquanto os psicólogos recebem R$ 100. Com o reajuste solicitado, os valores poderiam subir para R$ 159,71 e R$ 177,46, respectivamente. As categorias também pedem aumentos para exames especializados e atuação em juntas técnicas.
Soares ressaltou que a paralisação desrespeita um acordo feito em reunião com representantes do Detran e do Governo de Goiás, onde foi estabelecido um prazo de 30 dias para apresentação de propostas. Ele afirmou que a punição inicial pode ser a suspensão dos profissionais que aderiram ao movimento e argumentou que os valores pagos atualmente são compatíveis com atendimentos na rede privada. Apesar da firmeza nas declarações, o presidente do Detran-GO afirmou que a autarquia permanece aberta ao diálogo, com uma nova rodada de negociações agendada para o dia 18 de julho.
A paralisação, que conta com adesão total nas unidades do Vapt Vupt e demais postos de atendimento, foi considerada uma medida necessária pelos representantes dos profissionais, que alegam que os serviços prestados são essenciais à segurança viária. O governador em exercício, Daniel Vilela, se reuniu com os representantes das categorias na segunda-feira, 14, e uma nova reunião está prevista para discutir as reivindicações.