A desocupação da Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, está em andamento, com mais da metade das 880 famílias já realocadas. Segundo a Secretaria de Habitação do estado, 441 famílias deixaram a comunidade desde o início do processo, há cerca de três meses. Durante esse período, 280 imóveis perderam suas características residenciais, 103 foram emparedados e 14 estão em processo de demolição. O governo paulista informou que 91% das famílias optaram por participar do programa de desocupação, com 806 inscrições realizadas e 615 famílias já com destino definido ou recebendo auxílio moradia.
Entretanto, a desocupação tem gerado controvérsias, com relatos de manifestações e alegações de uso de violência durante as remoções, o que levou à intervenção do Ministério da Cidade. Organizações de direitos humanos criticaram a presença de forças de segurança e a forma como algumas famílias foram retiradas, levantando questões sobre o respeito aos direitos dos moradores.
O terreno, que pertence à União, foi cedido ao governo estadual, que planeja a construção de um parque na área, que abriga duas linhas de trem. A proposta visa revitalizar o espaço e transformá-lo em um ponto de lazer e convivência, embora a execução do projeto ainda dependa de aprovações e ajustes necessários.