O desmoronamento de uma pilha de lixo no lixão da empresa Ouro Verde, em Padre Bernardo, completa 30 dias nesta sexta-feira (18). O incidente, ocorrido em 18 de junho, resultou na contaminação do córrego Santa Bárbara, utilizado por agricultores da região. A situação gerou preocupação entre as autoridades locais e a população, devido à demora na contenção dos danos por parte dos proprietários do local.
Atualmente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a prefeitura de Padre Bernardo e o ICMBio estão monitorando os prazos estabelecidos pelo Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado pela Ouro Verde em 11 de julho. Entre as obrigações, está a retirada do lixo desabado até 21 de julho, com a apresentação de documentos que comprovem a contratação dos caminhões para o serviço prevista para hoje.
As autoridades concluíram o isolamento da massa de resíduos que desmoronou, um passo necessário para o início da retirada do lixo. A Ouro Verde também contratou uma empresa para monitorar a qualidade da água na região, com a primeira coleta programada para esta sexta-feira. Embora a Semad já realize análises de água desde o dia seguinte ao desmoronamento, a falta de tecnologia adequada limita a profundidade dos estudos sobre a presença de metais pesados no chorume.
O desabamento, que ocorreu sem feridos, foi precedido por sinais de instabilidade na pilha de lixo. O lixão já havia sido autuado diversas vezes desde 2016, e a intervenção da Semad foi necessária após a inação da empresa. O governo estadual tomou medidas emergenciais, incluindo o embargo do local e a apreensão de máquinas, além de preparar um gabinete de crise para lidar com a situação.