O desmatamento na Amazônia registrou um aumento de 27% no primeiro semestre de 2025, após dois anos consecutivos de queda. O dado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a floresta por meio do sistema Deter, que emite alertas em tempo real. Nos primeiros seis meses de 2025, a área desmatada alcançou 2 mil km², equivalente a quase duas cidades do Rio de Janeiro.
O pico de desmatamento ocorreu em 2022, quando 4 mil km² foram devastados. Embora tenha diminuído para menos da metade em 2024, o cenário atual revela uma nova tendência de crescimento. A pesquisadora Silvana Amaral, do Inpe, destacou que as condições climáticas adversas, como a seca, tornam a floresta mais suscetível a incêndios, que têm se tornado frequentes e devastadores.
Em contraste, o Cerrado apresentou uma redução de 10% no desmatamento no mesmo período. O secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, afirmou que a nova política de manejo integrado do fogo visa transformar o território brasileiro em um espaço mais resiliente ao fogo, enfatizando a importância da prevenção e fiscalização.
As análises do Inpe são fundamentais para direcionar as ações do Ministério do Meio Ambiente no combate à degradação da Amazônia, que continua a ser uma preocupação central nas políticas ambientais do país.