No dia 7 de dezembro de 2024, uma pilha de rejeitos da mineradora Jaguar Mining desabou no povoado de Casquilho de Cima, em Conceição do Pará, Minas Gerais, resultando no desalojamento de mais de 250 pessoas. Sete meses após o incidente, a incerteza persiste, pois não foram apresentados estudos que garantam a segurança da área e afastem o risco de novos deslizamentos, conforme relatado por moradores locais.
Lexandra Machado, uma das afetadas, expressou a preocupação das famílias em retornar, uma vez que não há laudos técnicos que assegurem a estabilidade da região. A situação é ainda mais complexa, pois as pilhas de rejeito, utilizadas como alternativa às barragens a montante, carecem de regulamentação federal e fiscalização adequada, o que levanta questões sobre sua segurança, segundo especialistas.
Até o momento, 11 famílias firmaram acordos com a Jaguar Mining, totalizando R$ 6,2 milhões em indenizações. Contudo, sete dessas famílias não poderão retornar às suas residências, enquanto as quatro restantes aguardam a liberação do acesso ao local. A Defesa Civil de Minas Gerais e a Agência Nacional de Mineração (ANM) são responsáveis por garantir a segurança das famílias, mas ainda não houve resposta conclusiva sobre os estudos necessários para o retorno seguro.
A mineradora afirmou que está em contato com os órgãos competentes e contratou uma auditoria técnica independente para validar os estudos de segurança. Os acordos estabelecem indenizações que variam de R$ 20 mil a R$ 100 mil, dependendo da situação de cada família afetada, mas a incerteza sobre o retorno continua a gerar apreensão entre os moradores.