Os desembolsos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) aumentaram 50% em 2023, totalizando R$ 450,9 milhões, em comparação aos R$ 299,5 milhões do ano anterior. No entanto, os valores ainda estão aquém dos patamares registrados entre 2017 e 2019, que variavam entre R$ 700 milhões e R$ 800 milhões, corrigidos pela inflação. Os dados foram obtidos pela plataforma de dados abertos da Ancine em 26 de junho, com informações disponíveis até maio de 2024.
O Ministério da Cultura informou que o orçamento total do FSA em 2023 foi de R$ 654 milhões, e, considerando outras formas de fomento, os investimentos alcançaram R$ 2,2 bilhões. O FSA, gerido pela Ancine e operado pelo BNDES, é financiado pela Condecine, paga por empresas do setor audiovisual, e os recursos são destinados a projetos por meio de editais e chamadas públicas.
Apesar do aumento no total de desembolsos, o número de obras beneficiadas caiu para 344 em 2023, o menor desde 2020. A produtora Paris Entretenimento liderou os recebimentos, com R$ 18,1 milhões, seguida pela Midgal Filmes, que recebeu R$ 12,4 milhões. Entre os projetos destacados, o filme "Geni e o Zepelim", inspirado na obra de Chico Buarque, foi o que mais recebeu recursos, totalizando R$ 12 milhões, com estreia prevista para 2026.