A desembargadora Cassinelza da Costa Santos Lopes, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foi aposentada compulsoriamente na última quinta-feira (10), após um processo de investigação relacionado à Operação Faroeste. A decisão, publicada no Diário Oficial na sexta-feira (11), ocorre em meio a apurações sobre sua conduta em um caso de usucapião envolvendo uma fazenda no oeste baiano, onde o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou omissão e violação de deveres éticos.
Cassinelza, que estava afastada de suas funções desde março deste ano, foi promovida a desembargadora em 2022, após uma longa carreira de 39 anos na magistratura. Ela começou sua trajetória como juíza substituta em 1986 e, ao longo dos anos, ocupou diversas comarcas, incluindo Salvador, onde atuou por cerca de 15 anos na 9ª Vara de Família.
A Operação Faroeste, que investiga um suposto esquema de venda de decisões judiciais na Bahia, teve início em 2019 e resultou em várias prisões de magistrados e advogados. A investigação revelou a existência de uma organização criminosa que atuava na legalização de terras griladas, movimentando cifras bilionárias e envolvendo membros de diferentes esferas do poder. O afastamento de Cassinelza se insere nesse contexto de combate à corrupção no sistema judiciário baiano.