O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, enfrenta uma nova ameaça à sua liderança, não vinda da esquerda, mas de um ex-aliado. Peter Magyar, ex-integrante do círculo próximo a Orbán, emergiu como um oponente inesperado após um escândalo que resultou na renúncia da presidente Katalin Novak e da ministra da Justiça, Judit Varga. O escândalo, relacionado a um perdão controverso, abalou a imagem de Orbán como defensor dos valores familiares tradicionais.
Enquanto isso, a comunidade LGBTQ na Hungria continua a desafiar as políticas do governo, com a recente parada do orgulho em Budapeste atraindo entre 100 mil e 200 mil participantes, apesar da tentativa de proibição por parte do partido Fidesz. O evento reflete um crescente ativismo em defesa da liberdade de expressão, questionando a eficácia das políticas de Orbán.
As pesquisas indicam que o partido de Magyar, o Tisza, está ganhando força, liderando em algumas sondagens com uma vantagem de até 18% sobre o Fidesz. Magyar critica abertamente a corrupção e o nepotismo dentro do governo, enquanto a deterioração dos serviços públicos, como saúde e educação, se torna um tema central em sua campanha.
Com as eleições marcadas para abril de 2026, a situação política na Hungria se torna cada vez mais volátil, colocando em dúvida a permanência de Orbán no poder após 15 anos de governo. A ascensão de Magyar e a mobilização popular em defesa dos direitos LGBTQ podem sinalizar uma mudança significativa no cenário político do país.