A coalizão governante do Japão, liderada pelo primeiro-ministro Shigeru Ishiba, enfrentou uma derrota significativa nas eleições para a Câmara Alta do parlamento japonês, realizadas neste domingo, 20 de outubro. A expectativa era que a postura firme de Ishiba nas negociações com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, consolidasse o apoio popular, mas os resultados indicam que a coalizão pode perder a maioria, após já ter enfrentado uma derrota na Câmara Baixa em outubro de 2024.
O Partido Liberal Democrata (PLD) de Ishiba e seu parceiro de coalizão, Komeito, precisavam conquistar pelo menos 50 assentos para manter a maioria na Câmara Alta. No entanto, as projeções da emissora pública NHK indicam que ambos os partidos devem obter entre 46 e 49 assentos, refletindo a crescente preocupação dos eleitores com questões como inflação e imigração, em detrimento da política tarifária dos EUA.
Diante da possibilidade de pedidos de renúncia, Ishiba afirmou que permanecerá no cargo, ressaltando a importância das negociações comerciais em andamento com os EUA. "Estamos atualmente envolvidos em negociações tarifárias realmente no limite com os EUA", declarou Ishiba, que se encontrou pessoalmente com Trump em duas ocasiões e manteve diversas conversas telefônicas com o presidente americano. Ele enfatizou que não se pode desperdiçar essa oportunidade crucial para o Japão.