Na sessão do Plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (9), parlamentares expressaram forte oposição ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, a ser implementada a partir de 1º de agosto. A medida foi justificada por Trump em uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde critica o Supremo Tribunal Federal (STF) e menciona o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro como uma 'vergonha internacional'.
O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que o Executivo tomará todas as medidas necessárias para enfrentar a crise diplomática resultante da decisão americana, ressaltando que a tarifa fere a soberania do Brasil e os acordos internacionais. Ele citou a Lei 15.122/25, que permite ao Brasil adotar contramedidas em resposta a restrições impostas por outros países.
Diversos deputados da oposição, como Pompeo de Mattos (PDT-RS) e Orlando Silva (PCdoB-SP), criticaram a taxação, considerando-a uma afronta à soberania nacional e um ataque à democracia brasileira. Mattos, em seu discurso, classificou a medida como absurda e pediu uma reação firme do Brasil. Outros parlamentares, como Guilherme Boulos (Psol-SP), alertaram que a tarifa pode resultar na perda de empregos para os trabalhadores brasileiros.
A situação se agrava com a menção de que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos desde fevereiro, poderia estar colaborando com o governo americano em suas ações contra o Brasil. A tensão entre os dois países se intensifica em meio a críticas sobre a postura do governo brasileiro e a crescente influência do bloco BRICS no cenário internacional.