Deputados da oposição criticaram nesta sexta-feira (12) a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As ações incluem o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher das 19h às 6h, e proibições de acesso às redes sociais e de comunicação com seu filho Eduardo Bolsonaro, que reside nos Estados Unidos. A medida foi acompanhada de um mandado de busca e apreensão na residência e no escritório do ex-presidente, executado pela Polícia Federal.
A deputada Bia Kicis (PL-DF) e o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) classificaram as ações como um "abuso de autoridade" e "totalmente ilegais", afirmando que as medidas não se sustentam na Constituição. O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), também se manifestou contra as restrições, considerando-as uma forma de censura e uma tentativa de silenciar vozes que ainda representam milhões de brasileiros.
Por outro lado, o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), defendeu as medidas como uma vitória do Estado de Direito, afirmando que surgiram a partir de um inquérito que investiga ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Farias destacou que as investigações visam coibir ataques às instituições democráticas e obstrução da Justiça. O deputado José Guimarães (PT-CE) reforçou que a operação da PF demonstra que ninguém está acima da lei, enfatizando a necessidade de proteger a verdade e a justiça no país.