O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou nesta terça-feira, 8, os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Bruno Engler (PL-MG) por difamação. A acusação se baseia em um vídeo publicado por Nikolas durante a campanha eleitoral de 2024, no qual ele associava um livro do então candidato a prefeito Fuad Noman à pedofilia. Noman, que faleceu em março deste ano, era concorrente de Engler na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte.
A denúncia pede a suspensão dos direitos políticos de Nikolas Ferreira e a indenização por danos morais a uma instituição indicada pela família de Noman. O conteúdo do vídeo, que foi considerado uma "evidente distorção e manipulação" pelo juiz Adriano Zocche, resultou em uma ordem para a remoção do material, além de uma multa de R$ 5 mil por hora em caso de descumprimento. O magistrado também concedeu direito de resposta a Noman durante o tempo de propaganda eleitoral destinado a Engler.
Durante a campanha, Nikolas Ferreira havia apoiado Bruno Engler e, em seu vídeo, descreveu o livro "A Cobiça" como "pornográfico", mencionando uma narrativa de estupro coletivo de uma criança. Apesar da decisão judicial, o deputado não removeu o vídeo de suas redes sociais, e o Estadão tentou, sem sucesso, contato com Ferreira para obter um posicionamento sobre a denúncia.