O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou nesta segunda-feira (21) uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido se baseia na alegação de que Bolsonaro teria descumprido uma medida cautelar que o proíbe de utilizar redes sociais, tanto diretamente quanto indiretamente, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes.
Na petição, o parlamentar anexou um vídeo e a transcrição de uma fala atribuída a Bolsonaro, que teria se manifestado publicamente em desobediência à proibição. A medida cautelar em vigor visa impedir o ex-presidente de se comunicar por plataformas digitais, incluindo por meio de terceiros, e a petição menciona que Bolsonaro estaria envolvido em uma "ação golpista continuada" com repercussões internacionais.
Lindbergh Farias também alega que Bolsonaro, em articulação com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), estaria promovendo uma campanha para impor sanções estrangeiras ao Brasil. O deputado afirma que a permanência de Eduardo nos Estados Unidos é financiada por Bolsonaro com o intuito de pressionar instituições brasileiras, especialmente o STF. Além disso, a petição menciona que essa articulação teria contribuído para o aumento de tarifas de exportação sobre produtos brasileiros, uma medida recentemente anunciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Até o momento, não houve pronunciamento oficial do STF ou da defesa de Jair Bolsonaro sobre o novo pedido de prisão. A equipe jurídica do ex-presidente tem negado qualquer violação das medidas cautelares impostas pelo tribunal.