O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi formalmente acusado de crimes eleitorais pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) na última sexta-feira (25). Juntamente com outros três parlamentares estaduais de seu partido, Ferreira é investigado por uma campanha de desinformação direcionada ao então prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), durante o segundo turno das eleições de 2024.
As acusações, apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral, alegam que os réus distorceram informações sobre o livro "Cobiça", de autoria de Noman, e disseminaram notícias falsas sobre supostas exposições impróprias de crianças em eventos da prefeitura. A campanha de desinformação teria utilizado rádio, televisão e redes sociais para atingir o candidato à reeleição, que acabou derrotado nas urnas.
Além das acusações de difamação e divulgação de fake news, Nikolas Ferreira enfrenta um agravante: a desobediência a uma ordem judicial que determinava a remoção de postagens consideradas ilegais. Caso seja condenado, ele poderá ser declarado inelegível até 2033, o que o impediria de concorrer a cargos públicos por um período significativo.
Os réus têm um prazo de 10 dias para apresentar defesa, e o processo seguirá com a coleta de provas e depoimentos. Se condenados, poderão recorrer a instâncias superiores, incluindo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF). Em resposta às acusações, Ferreira minimizou a situação em seu canal no Telegram, afirmando que a intenção é silenciar sua base de apoio.