O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi formalmente acusado de crimes eleitorais pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) na última sexta-feira (25). Ele é um dos quatro parlamentares estaduais do partido envolvidos em uma suposta campanha de desinformação contra Fuad Noman (PSD), então prefeito de Belo Horizonte e candidato à reeleição, durante o segundo turno das eleições de 2024.
As acusações, apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral, alegam que os réus, incluindo Bruno Engler, Delegada Sheila e Coronel Cláudia, distorceram informações sobre o livro "Cobiça", de autoria de Noman, e disseminaram notícias falsas sobre eventos da prefeitura. A campanha de desinformação teria sido veiculada por meio de rádio, televisão e redes sociais, com o objetivo de prejudicar a imagem do candidato à reeleição, que acabou vencendo a disputa com 53,73% dos votos válidos.
Além das acusações de difamação e divulgação de fake news, Nikolas Ferreira enfrenta uma nova complicação: ele é acusado de desobedecer a uma ordem judicial que determinava a remoção de postagens consideradas irregulares. O parlamentar tem um prazo de 10 dias para apresentar sua defesa, e, se condenado, poderá ser declarado inelegível até 2033, o que o impediria de concorrer a cargos públicos por uma década.
Em resposta ao processo, Ferreira minimizou as acusações em seu canal no Telegram, afirmando que "querem calar milhões, mas estamos aqui". O caso segue em tramitação, e os réus poderão recorrer a instâncias superiores caso sejam condenados, o que pode resultar em um impedimento de candidaturas por até oito anos, conforme a Lei da Ficha Limpa.