O deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, desmentiu nesta quarta-feira, 30, a versão de que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se entregou voluntariamente às autoridades italianas. Em entrevista ao ICL Notícias, Bonelli afirmou que foi ele quem informou a polícia sobre o paradeiro da parlamentar brasileira em Roma, ressaltando que "não é verdade que Carla chegou à polícia. Foi a polícia que chegou a ela".
A declaração de Bonelli contradiz o advogado de Zambelli, Fábio Pagozzi, que havia afirmado em um vídeo que a deputada se apresentou às autoridades de forma voluntária. O advogado e o filho de Zambelli, Bruno Zambelli, sustentaram que a parlamentar estava aguardando um posicionamento oficial para se apresentar, buscando evitar a extradição e garantir um julgamento justo.
Bonelli detalhou que, após ser informado sobre o paradeiro de Zambelli, repassou o endereço à polícia italiana, que a localizou em um apartamento no bairro Aurélio, em Roma. O deputado também relatou ter recebido ameaças nas redes sociais após sua ação, mas afirmou estar tranquilo diante do clima de violência que permeia o Brasil atualmente. A decisão sobre a manutenção da prisão de Zambelli será tomada pelo Tribunal de Roma nesta quinta-feira, 31, e a extradição será analisada pelo governo italiano.
Zambelli, que foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça, deve permanecer na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma, até que uma decisão sobre sua extradição seja tomada. A localização da deputada foi facilitada pelo adido da Polícia Federal em Roma, em colaboração com as autoridades locais.