O deputado italiano Angelo Bonelli revelou ter recebido ameaças e mensagens de morte após informar às autoridades sobre a localização da deputada brasileira Carla Zambelli, que foi presa em Roma na noite de 29 de julho de 2025. Zambelli, que estava em um apartamento no bairro Aurélio, é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, onde foi condenada a 10 anos de reclusão por falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático.
Bonelli, em nota à imprensa, detalhou a sequência de eventos que levou à prisão da parlamentar. Ele recebeu informações sobre o paradeiro de Zambelli às 18h40 (horário local) e, uma hora depois, repassou os dados à polícia de Roma, que confirmou a presença da deputada no local indicado às 21h. O processo de localização durou cerca de duas horas e vinte minutos.
A situação de Zambelli gera controvérsias, com a Polícia Federal e o Ministério da Justiça do Brasil afirmando que ela foi presa, enquanto seu advogado alega que a deputada se entregou voluntariamente. O PL, partido de Zambelli, também expressou solidariedade, reforçando a versão da defesa. A deputada já solicitou asilo político, mas a aceitação do pedido pelas autoridades italianas ainda não foi definida.
A Justiça italiana tem um prazo de 48 horas para decidir se Zambelli aguardará o processo de extradição em liberdade, em prisão domiciliar ou detida. Após essa decisão, o governo italiano avaliará o pedido de extradição da deputada brasileira, que deixou o Brasil em junho, após a ordem de prisão do STF e a inclusão de seu nome na lista da Interpol.