O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) foi retirado na madrugada deste sábado (26) da Praça dos Três Poderes, em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão ocorreu após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou a intervenção da Polícia Federal para a remoção do congressista, que havia iniciado um protesto solitário na tarde de sexta-feira (25). Durante a manifestação, Lopes usou um esparadrapo na boca e uma camiseta com a bandeira de Israel, declarando estar em “jejum de palavras”.
A ação de Moraes se insere em um contexto mais amplo de investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Lopes, que atualmente é réu em um processo no STF relacionado a uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O ministro já havia imposto medidas cautelares a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrições ao uso de redes sociais, que também se aplicam a publicações feitas por terceiros.
Caso Bolsonaro seja condenado por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, ele pode enfrentar penas que ultrapassam 40 anos de prisão. A situação de Hélio Lopes e as medidas cautelares impostas a Bolsonaro refletem a crescente tensão política no Brasil e as ações do STF em relação a manifestações e discursos que possam ameaçar a ordem democrática.