A deputada norte-americana María Elvira Salazar, do Partido Republicano da Flórida, solicitou na quarta-feira (9) que o governo dos Estados Unidos aplique sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Salazar descreveu Moraes como um 'radical' que ameaça a liberdade política no Brasil, afirmando que ele transformou a Suprema Corte em uma ferramenta política de repressão.
Em uma postagem em sua conta no X, a deputada pediu ao governo de Donald Trump que impusesse sanções imediatas, incluindo o congelamento de bens e a revogação de vistos. Segundo Salazar, Moraes não estaria defendendo a democracia, mas sim 'desmontando-a', e sua atuação representa uma ameaça à liberdade política tanto no Brasil quanto em toda a América Latina.
A campanha por sanções contra Moraes tem o apoio de Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Recentemente, Eduardo participou de uma entrevista com Steve Bannon, ex-estrategista de Trump, onde reiterou a urgência de ações contra o ministro do STF. Moraes é o relator de um caso que envolve Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.
A Lei Magnitsky, aprovada em 2012 e ampliada em 2016, permite ao governo dos EUA bloquear recursos financeiros e vetar a entrada de estrangeiros acusados de corrupção ou violação dos direitos humanos. Caso Moraes seja considerado culpado de tais atos, ele poderá enfrentar as sanções previstas pela legislação, que incluem a inelegibilidade para visto e o bloqueio de transações financeiras nos EUA.