A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi notificada pela Câmara dos Deputados sobre a obrigatoriedade de pagamento de multas e indenizações devido à não devolução do apartamento funcional em Brasília dentro do prazo estipulado. A confirmação ocorreu na última sexta-feira, 11 de julho de 2025, após a rejeição da proposta de seus advogados de entregar o imóvel sem custos, alegando benfeitorias realizadas no local.
O prazo para a devolução do apartamento expirou em 4 de julho, 30 dias após o afastamento oficial da deputada, em 5 de junho. Apesar da saída de Zambelli para a Itália, seu filho e sua mãe permaneceram no imóvel. Desde então, a congressista enfrenta uma multa equivalente ao valor do auxílio-moradia, que é de R$ 4.253, além de uma indenização diária de R$ 283,53 por ocupação irregular.
Embora as penalidades tenham sido estabelecidas, os advogados de Zambelli conseguiram um acordo com a 4ª Secretaria da Câmara, liderada por Sergio Souza (MDB-PR), para que a entrega do apartamento ocorra no prazo máximo de 10 dias. A defesa argumenta que a deputada não havia recebido notificação prévia sobre a devolução.
Zambelli, que foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF em 14 de maio deste ano por crimes relacionados à invasão do sistema do CNJ, deixou o Brasil em 3 de julho. No dia seguinte, o ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva e a suspensão de suas redes sociais. O nome da deputada foi incluído na lista vermelha da Interpol a pedido de Moraes, tornando-a uma foragida internacional.