A deputada federal Carla Zambelli (PL) foi presa nesta terça-feira (29) na Itália, após ser condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão. A condenação se deu por supostamente ter ordenado ao hacker Walter Delgatti a inserção de documentos falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Antes de sua fuga, Zambelli concedeu uma entrevista em São Paulo, onde afirmou contar com o apoio de colegas para tentar derrubar a ação penal e expressou sua preocupação com a possibilidade de não sobreviver ao cumprimento da pena na prisão. Durante a entrevista, a deputada mencionou problemas de saúde, incluindo depressão e uma síndrome rara, que, segundo ela, dificultariam sua adaptação ao ambiente carcerário.
Zambelli declarou que estava reunindo laudos médicos que atestam suas condições de saúde, os quais seriam utilizados para solicitar uma prisão domiciliar. Após sua prisão na Itália, as autoridades policiais têm um prazo de até 48 horas para decidir sobre os próximos passos em relação à deputada, que ainda aguarda a análise de sua situação legal.
A situação de Zambelli gerou discussões políticas, com o deputado Motta afirmando que a Câmara dos Deputados não pode intervir na questão da prisão e que aguarda orientações do Ministério da Justiça e das autoridades italianas.
