A deputada federal Carla Zambelli (PL) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, Itália, após ser condenada por seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A prisão gerou reações diversas no Congresso Nacional, com aliados e opositores tratando o caso com naturalidade, embora haja discussões nos bastidores sobre a possibilidade de sua detenção.
Em nota oficial, a bancada do PL expressou solidariedade à deputada, afirmando que ela se apresentou voluntariamente às autoridades italianas e iniciou um pedido de asilo político, negando qualquer tentativa de fuga. O comunicado, assinado pelo líder do partido, deputado Sóstenes Cavalcante, critica a supressão de garantias legais no Brasil e denuncia a concentração de poderes no Judiciário.
Por outro lado, a base governista defende a execução da pena imposta a Zambelli, reiterando a expressão "traidora da pátria" em referência à parlamentar e a outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), confirmou que a Casa já tomou providências em relação ao caso, embora não tenha competência para deliberar sobre a prisão, apenas sobre a perda do mandato.
Até o momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a família Bolsonaro não se manifestaram publicamente sobre a prisão de Zambelli, que, segundo informações anteriores, foi responsabilizada por Jair Bolsonaro por sua derrota eleitoral em 2022.