A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi detida na Itália nesta terça-feira (29.jul.2025), onde estava foragida desde junho, após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pelo envolvimento em uma invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A prisão foi confirmada por seu advogado, Fabio Pagnozzi, que afirmou que a deputada não se considera foragida e solicitou que não seja deportada ao Brasil, alegando ser alvo de uma 'perseguição política'.
Zambelli havia solicitado uma licença de 127 dias para não perder o mandato, um dia após o ministro Alexandre de Moraes determinar sua prisão preventiva por deixar o país. Essa licença se encerrará em 16 de outubro, e caso a deputada permaneça presa e se ausente de um terço das sessões, poderá perder automaticamente seu cargo.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados já analisa um pedido de cassação do mandato de Zambelli. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que as providências para a cassação estão sendo tomadas, mas que a Casa não deliberará sobre a prisão, apenas sobre a perda do mandato. Motta ressaltou que a decisão final sobre a cassação deve ser feita pelo plenário, que possui a legitimidade para tal.
A prisão de Zambelli foi facilitada pela colaboração da Adidância Policial em Roma com as autoridades italianas e a Interpol, conforme informou a Polícia Federal (PF). A deputada, que fugiu para a Itália após a condenação, agora enfrenta a possibilidade de perder seu cargo no Congresso Nacional.