A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) na Itália, após ser condenada a dez anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A prisão foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 5 de junho, mas Zambelli estava foragida desde então, figurando na lista de procurados da Interpol.
Zambelli foi detida em Roma, onde desembarcou no dia 5 de junho, vindo de Miami. O governo italiano informou que não tinha conhecimento do paradeiro da deputada até a publicação do alerta vermelho da Interpol, que ocorreu horas após sua chegada. A deputada deve ser extraditada para o Brasil, onde cumprirá pena em regime fechado.
A condenação de Zambelli foi resultado de sua participação na contratação de um hacker para invadir os sistemas do CNJ e inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. A Primeira Turma do STF rejeitou os recursos da defesa, tornando a decisão definitiva. Além da pena de prisão, Zambelli também perdeu seu mandato e teve seus bens bloqueados, incluindo passaportes e contas bancárias.
Desde o final de maio, a deputada estava afastada do cargo, tendo solicitado licença para tratamento de saúde e, posteriormente, para tratar de interesses particulares. A embaixada do Brasil na Itália, representada pelo embaixador Renato Mosca, afirmou que a extradição de Zambelli pode levar meses, dado o número de casos pendentes de solicitação de extradição em andamento.