A deputada Carla Zambelli (PL) foi detida na Itália, quase dois meses após ser incluída na lista de procurados da Interpol. A prisão ocorreu após denúncias do deputado Angelo Bonelli, que alertou as autoridades italianas sobre a presença da parlamentar no país. Zambelli, condenada a dez anos de prisão por envolvimento em um esquema para invadir sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça, havia fugido do Brasil em busca de abrigo em Roma.
A parlamentar ganhou notoriedade durante a campanha de 2022, quando foi flagrada em um incidente em que brandiu uma arma contra um eleitor de Lula (PT) nas ruas de São Paulo. No entanto, sua condenação se deu por ações posteriores, onde se associou ao hacker Walter Delgatti Neto na tentativa de comprovar fraudes nas urnas eletrônicas, culminando em um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes.
Zambelli, que se apresentava como defensora de valores conservadores, agora enfrenta um processo de extradição que determinará onde cumprirá sua pena. A situação levanta questões sobre a morosidade da Câmara dos Deputados em agir contra a parlamentar, que manteve seu mandato mesmo após a condenação, gerando críticas sobre a impunidade no legislativo brasileiro.