O advogado e suplente de vereador Edson Cândido, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), protocolou uma petição no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) confirmando a existência de fraudes na cota de gênero durante as eleições proporcionais de 2024. A denúncia, que está sob investigação, alega que três candidaturas femininas foram simuladas para atender à exigência legal de 30% de participação feminina nas chapas.
O PDT, que elegeu dois vereadores em Trindade, pode enfrentar a cassação de sua nominata, o que resultaria na recontagem de votos e possível alteração do quociente eleitoral. As candidaturas em questão receberam quase R$ 400 mil do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, além de doações do candidato a prefeito Dr. George Morais.
Cândido, que recebeu R$ 50 mil do fundo eleitoral e obteve 741 votos, afirmou que optou por colaborar com a Justiça, destacando a discrepância entre os investimentos nas candidaturas femininas e os resultados obtidos. Ele mencionou que uma das candidatas, Hilda Inês dos Santos, se candidatou apenas para cumprir a cota de gênero, sem realizar campanha ativa.
O processo, que já se encontra na fase de alegações finais, revela que as candidatas femininas tiveram desempenhos eleitorais irrisórios, com algumas recebendo quantias significativas do fundo, mas sem qualquer atividade de campanha. A defesa do PDT, representada pelo advogado Bruno Pena, contesta as alegações, afirmando que acusações sem provas não têm valor legal.