A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um dentista de 56 anos em Conselheiro Lafaiete, após investigações que revelaram a compra e armazenamento de vídeos e fotos de abuso sexual infantil. A operação, realizada na quarta-feira (2), foi desencadeada a partir de uma denúncia recebida da Polícia Federal, que alertou a delegacia de crimes cibernéticos sobre a atividade criminosa do suspeito.
Durante a ação, os agentes encontraram mais de 800 arquivos com conteúdo ilegal em diversos dispositivos, incluindo celulares, notebooks e pendrives. O dentista, que alegou desconhecer a gravidade do crime, admitiu ter adquirido os arquivos, mas afirmou que não tinha contato com menores. A delegada Marcelle Bacellar ressaltou que a posse desse material contribui para uma rede de abuso.
O suspeito, que mora sozinho e é pai de uma adolescente de 13 anos, possui antecedentes relacionados à Lei Maria da Penha. Embora não haja evidências de que sua filha esteja entre as vítimas das imagens, a investigação continua. A polícia também identificou um grupo de WhatsApp chamado “Incesto”, que pode estar ligado a outros participantes e fornecedores de conteúdo ilegal.
O dentista permanece preso preventivamente e, se condenado, pode enfrentar uma pena de até oito anos de prisão por aquisição e armazenamento de pornografia infantil.