A crescente popularidade do doce conhecido como 'morango do amor' tem causado uma alta demanda pelo principal ingrediente da receita, o morango, no Paraná. No distrito Espírito Santo, em Londrina, produtores rurais enfrentam uma fila de espera de até três semanas para atender os clientes. A situação se intensificou nas últimas semanas, após o doce se tornar um fenômeno nas redes sociais.
De acordo com os produtores Fernando Borges Trindade, Vinícius Ávila Santin e Rodrigo Laforé Domene, a demanda por morangos era regular em anos anteriores, com os clientes aguardando apenas o tempo de colheita, que era de cerca de quatro dias. No entanto, a atual 'febre' pelo doce resultou em uma espera significativa, com novos clientes sendo adicionados ao final da fila, enquanto a fidelização dos antigos é mantida.
Os produtores ressaltam que, apesar da alta procura, o processo de colheita não pode ser acelerado, pois os morangos precisam estar completamente maduros para garantir o sabor ideal. A colheita deve atingir seu pico entre agosto e outubro, com cada muda capaz de produzir até um quilo de morangos. Além disso, a seca enfrentada na região no início do ano atrasou o plantio, contribuindo para a escassez do produto e o aumento dos preços.
O secretário municipal de Agricultura de Jaboti, Waldemar Siqueira, destacou que a demanda por morangos na região, que possui um selo de Indicação Geográfica, aumentou não apenas pela popularidade do doce, mas também devido às festas juninas. A expectativa é que as cinco milhões de mudas plantadas na região gerem uma colheita significativa nos próximos meses, apesar dos desafios enfrentados pelos produtores.