A delegada Lisandréa Salvariego, coordenadora do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) da Polícia Civil de São Paulo, revelou preocupantes informações sobre grupos de servidores no Discord, conhecidos como 'panelas', que atraem crianças e adolescentes em busca de aceitação. Esses grupos têm se tornado palco de crimes graves, como automutilações, cyberbullying e até tentativas de suicídio, ocorrendo ao vivo diante de milhares de menores diariamente.
Em entrevista ao g1, a delegada explicou que os adolescentes infratores se autodenominam 'paneleiros' e utilizam plataformas de jogos como Roblox e Minecraft para recrutar novas vítimas. Os jovens são frequentemente chantageados ou iludidos com promessas de status dentro dos grupos, em troca de cumprir desafios humilhantes e perigosos.
Lisandréa enfatizou a importância da conscientização e do diálogo com as crianças sobre os riscos do ambiente digital, alertando que nem sempre quem está do outro lado da tela é quem diz ser. O Discord, em resposta às preocupações, declarou que não tolera atividades ilegais e que toma medidas para remover conteúdo violador e banir usuários mal-intencionados, além de colaborar com as autoridades quando necessário.