A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, protocolou nesta quinta-feira (17 de julho de 2025) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam estendidos a ele os efeitos da decisão do ministro Dias Toffoli, que anulou todos os atos da Operação Lava Jato relacionados ao doleiro Alberto Youssef. Cabral, condenado em 2017 a 14 anos de prisão por corrupção, alega que sua condenação se baseou em provas obtidas durante investigações que envolviam Youssef.
Os advogados de Cabral argumentam que a decisão de Toffoli compromete a legalidade de todo o processo judicial que resultou na condenação do ex-governador. No pedido, afirmam que as ilegalidades reconhecidas em relação a Youssef afetam a operação Lava Jato desde sua origem e pedem a nulidade de todos os atos processuais relacionados ao caso.
A denúncia contra Cabral aponta que ele teria recebido propina da empreiteira Andrade Gutierrez, intermediada por terceiros, para garantir um contrato de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. Este é o segundo pedido de extensão feito após a decisão de Toffoli, que ocorreu na terça-feira (15 de julho de 2025). Na quarta-feira (16 de julho de 2025), o doleiro Carlos Habib Chater também solicitou a extensão da decisão sobre Youssef, sendo Chater uma figura central na origem da Operação Lava Jato.