A defesa do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, protocolou nesta quinta-feira (17) um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam estendidos a ele os efeitos da decisão do ministro Dias Toffoli, que anulou todos os atos da Operação Lava Jato relacionados ao doleiro Alberto Youssef. Cabral, condenado em 2017 a 14 anos de prisão por corrupção, argumenta que sua condenação se baseou em provas obtidas durante investigações que envolviam Youssef.
Os advogados de Cabral afirmam que a decisão de Toffoli compromete a legalidade do processo que resultou na condenação do ex-governador, destacando que as ilegalidades reconhecidas na operação afetam diretamente a sua situação. O pedido de nulidade menciona a necessidade de revisar os atos processuais, alegando conluio entre procuradores e magistrados.
A denúncia contra Cabral aponta que ele teria recebido propina da empreiteira Andrade Gutierrez para garantir contratos relacionados ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras. Este é o segundo pedido de extensão apresentado desde a decisão de Toffoli, que ocorreu na terça-feira (15). Na quarta-feira (16), o doleiro Carlos Habib Chater também solicitou a extensão da decisão sobre Youssef, sendo Chater uma figura central na origem da Operação Lava Jato.