A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, protocolou nesta terça-feira (29) um pedido de absolvição em um processo relacionado ao suposto golpe de Estado. Em um documento de 78 páginas, os advogados argumentam que Cid se sente 'traído' pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou sua condenação, alegando que as informações fornecidas por ele foram distorcidas para incriminá-lo.
Os advogados afirmam que Cid colaborou espontaneamente com as autoridades, mesmo ciente das possíveis represálias de seus antigos aliados. Segundo a defesa, a acusação da PGR é desproporcional e se baseia em uma interpretação equivocada de seu papel como ajudante de ordens, sem poderes decisórios nas ações que estão sendo investigadas.
A manifestação da defesa destaca que a colaboração de Cid foi feita com o compromisso ético de fornecer informações verídicas à Justiça, e critica a possibilidade de sua condenação sem provas concretas. Os advogados sustentam que a acusação se baseia mais na posição simbólica de Cid e sua proximidade ao poder do que em ações concretas, afirmando que condená-lo sem evidências seria uma traição aos princípios constitucionais. O caso segue em tramitação na Corte Suprema, que agora deve decidir sobre o pedido de absolvição.