O prazo de 15 dias para que a defesa do tenente-coronel Mauro Cid apresente suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) se encerra nesta terça-feira (29). O documento é parte do processo em que Cid é acusado de tentativa de golpe de Estado em 2022, e deve incluir o posicionamento da defesa sobre as acusações.
Cid, junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis réus, é considerado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte do "núcleo crucial" de uma organização criminosa que visou a ruptura da ordem democrática. Após a entrega das alegações finais de Cid, os demais acusados, incluindo Bolsonaro, terão mais 15 dias para apresentar suas defesas.
A fase de alegações finais, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no final de junho, é a última etapa antes do julgamento, que decidirá sobre a condenação ou absolvição dos réus. A PGR já solicitou a condenação de todos os envolvidos, destacando Bolsonaro como o líder da organização criminosa e o principal beneficiário dos atos antidemocráticos.
O processo investiga a conduta de oito acusados, que enfrentam cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e participação em organização criminosa armada. A decisão do STF sobre o caso deve ocorrer no segundo semestre de 2025, após a análise das alegações finais.